

Descrição enviada pela equipe de projeto. A casa é condicionada pelo tamanho do lote, mas motivada por um declive existente, útil inclusive na eliminação de um ambiente desinteressante e inconveniente, implantado em um nível mais alto. A estratégia envolve o confronto e a conciliação de dados artificiais e naturais, acreditando na afirmação e na configuração da arquitetura por meio de um pátio regulador e distribuidor do programa. Uma geometria e volumetria racionalistas destacam valores naturais e ambientais favoráveis ao espaço doméstico. Aparentemente hostil, a topografia é a matéria-prima da ideia.


Um elemento aquático como uma piscina cênica compensa a iluminação e a condição semi-enterrada do pátio de entrada. O vazio central é formado por três lados que se diluem no terreno, um com usos sociais e outro com usos individuais, unidos ao centro por uma espacialidade transparente e ausente que se desmaterializa para articular a entrada. Densa e fortemente ancorada no declive, a massa levita para deixar o solo fluir e progredir entre o exterior e o centro do pátio, com a unidade e a continuidade da vegetação.






A horizontalidade estática da seção transversal é animada por movimentos transversais diagonais e é gerada por diferentes transparências confirmadas pelo negativo do telhado inclinado e acessível. Isso se deve à topografia que acrescenta dimensões e usos ao telhado que prolongam a narrativa da casa. A materialidade adotada atravessa os fechamentos da casa e confirma essa dimensão total e global. A arquitetura parece, como sempre, transformadora, mas também capaz de acrescentar estabilidade e qualidade ao local.
